Escola de Verão Técnicas Analíticas e Tecnologias Digitais em Contexto de Escavação Arqueológica

Datas: de 15 a 19 de Julho de 2024

Local: Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa, Braga

Destinatários: Alunos de arqueologia

Número máximo de inscritos: 20

Participação gratuita, mediante inscrição prévia através do seguinte formulário: https://forms.gle/dEdtK3EXEjae5yFP8

Prazo de inscrição: 12 de Julho

Organização: Laboratório HERCULES, Universidade de Évora (https://doi.org/10.54499/UIDP/04449/2020; https://doi.org/10.54499/UIDB/04449/2020)

Em colaboração com:

  • Queen’s University Belfast, UK
  • Lab2PT, Universidade do Minho
  • Laboratório Associado IN2PAST (LA/P/0132/2020)
  • Museu D. Diogo de Sousa, Braga

Com o apoio do projeto From Boom to Bust on the Atlantic Fringe – copper supply networks in the Irish Late Bronze Age (https://doi.org/10.54499/2022.04844.PTDC).

Para mais informações: carlo@uevora.pt

PROGRAMA

15 de Julho

14h00 – 16h00. Boas práticas no acondicionamento pós-escavação de materiais arqueológicos de origem inorgânica. Carlo Bottaini, Catarina Cordeiro, César Oliveira.

16h00 – 17h00. Inventariação de materiais arqueológicos no Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa. Clara Lobo.

16 de Julho

14h00 – 16h00. Abordagens analíticas no estudo de materiais arqueológicos de origem inorgânica. Carlo Bottaini, César Oliveira.

16h00 – 17h00. Do Pó ao Pixel: Modelação 3D e (re)construção volumétrica a partir de cerâmicas arqueológicas. João Vinicius Back.

17 de Julho

14h00 – 16h00. Das fotografias ao 3D: Explorando a fotogrametria no contexto do Património Arqueológico. Paulo Bernardes.

18 de Julho

14h00 – 16h00. Do levantamento à produção: A fabricação digital no Património Cultural. Filipe Brandão.

19 de Julho

14h00 – 17h00. Da escavação arqueológica ao laboratório de conservação e restauro: breves noções de conservação preventiva de materiais arqueológicos. Rosa Jardim.

FORMADORES

Carlo Bottaini. Arqueólogo, doutorado pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Foi docente convidado na Universidade de Coimbra e docente colaborador na Universidade de Évora. Investigador do Laboratório HERCULES (Universidade de Évora) desde 2013, é atualmente Marie Curie Fellow na Queen’s University Belfast (Reino Unido). Desenvolve parte da sua investigação na exploração da dinâmica da mudança social na pré- e proto-história história da Europa Atlântica e do Mediterrâneo através do estudo da cultura material e da tecnologia.

Catarina Cordeiro. Licenciou-se em Conservação – Restauro em 2018 pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. Concluiu o mestrado em Conservação e Restauro do Património Cultural em 2021 pela Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa. Foi, durante três anos, Conservadora Restauradora no Museu Marítimo de Esposende onde desenvolveu um trabalho multidisciplinar ao nível da conservação, restauro e exposição de colecções museológicas. Atualmente é doutoranda em Conservação e Restauro do Património Cultural na Universidade Católica Portuguesa. O seu projeto de investigação intitula-se “Ourivesaria Portuguesa do Século XVI: Um Estudo Multidisciplinar da Prataria Religiosa” (FCT 2022.11526.BD).

César Oliveira. Químico e investigador no Laboratório HERCULES da Universidade de Évora, além de Professor Afiliado na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. A sua investigação centra-se na área da Química Analítica, com especial foco no estudo de resíduos orgânicos em materiais arqueológicos utilizando técnicas cromatográficas. Interessa-se particularmente pelo estudo de materiais cerâmicos do Noroeste Ibérico do Final da Idade do Ferro e do Período Romano, com o objetivo de determinar o seu conteúdo e função.

Clara Lobo iniciou a atividade profissional em 1978, enquanto elemento da equipa do Campo Arqueológico de Braga, participando em várias escavações. A partir de 1979 integra a equipa do laboratório no inventário e tratamento de materiais arqueológicos. Atualmente, é responsável pela organização das reservas e pelo registo e inventário do espólio que entra no Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa, para além de apoiar investigadores e projetos de investigação.

Filipe Brandão é licenciado em Arquitetura pela Universidade do Porto, com um ano de Erasmus no Departamento de Arquitetura da Universidade de Oulu, Finlândia. Concluiu a pós-graduação em Arquitetura Digital – CEAAD 2014/15 (Curso de Estudos Avançados em Arquitetura Digital), um curso conjunto do ISCTE-IUL e da FAUP. Concluiu o Doutoramento em Arquitetura dos Territórios Metropolitanos Contemporâneos, especialidade Arquitetura Digital, pelo ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa em 2023, com a tese “Open reWall: Survey-to-Production Workflow for Building Renovation”. Atualmente é Professor Assistente Convidado na Escola de Arquitetura, Artes e Design da Universidade do Minho, investigador de pós-doutoramento com bolsa UMINHO/BIPD/2023/25 no projeto nº 79999 – INOV.AM – Innovation in Additive Manufacturing, in WP19 – Rein4Concrete, e investigador integrado do Lab2PT, grupo DeTech. Os seus principais interesses de investigação são desenho computacional; fabrico digital; reabilitação; construção personalizada em série e geometria computacional.

Helena Tinoco. Licenciada em Conservação e Restauro pelo Instituto Politécnico de Tomar com experiência de trabalho em empresas nacionais de conservação e restauro desde 2017 em intervenções de património móvel e edificado sobretudo na área de azulejaria. De 2018 a 2020 foi colaboradora e responsável do departamento de objetos na empresa RSM Art Conservation, em Brisbane, Austrália, conduzindo intervenções em objetos em materiais diversos. Frequenta o mestrado em Museologia pela Faculdade de Letras do Porto, tendo realizado o seu estágio no MADDS sobre o tema “A documentação como suporte à gestão do risco para coleções. O caso da coleção de metais do Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa.”, com foco em métodos de análise material, sob orientação de Paula Menino Homem (PhD), Carlo Bottaini (PhD) e Maria José Sousa (Diretora MADDS).

Isabel Marques. Licenciada em Conservação e Restauro pela Universidade Portucalense. Integrou a equipa do Campo Arqueológico de Braga no âmbito do projeto de Salvamento de Bracara Augusta entre 1978/1984, tendo estagiado em conservação e restauro no Museu Monográfico de Conimbriga. É conservadora restauradora do Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa desde 1993 onde desenvolve a sua atividade em bens arqueológicos. Participa na recuperação de estruturas e intervenções e salvamentos in-situ.

João Vinicius. Historiador e investigador visitante no Laboratório HERCULES da Universidade de Évora. É co-fundador do projeto ERGANE – Arqueologia Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde tem desenvolvido modelações 3D de artefatos arqueológicos nos últimos cinco anos. Membro da Computer Applications and Quantitative Methods in Archaeology (CAA). É mestrando em Arqueologia na Universidade do Minho, com dissertação focada na análise e interpretação de resíduos orgânicos oriundos de cerâmicas de contextos funerários da Idade do Bronze do Noroeste Peninsular Ibérico, por meio da cromatografia gasosa (GC-MS), sob orientação de Ana Bettencourt (PhD.) e César Oliveira (PhD.).

Paulo Bernardes é licenciado em Matemática (ramo de Sistemas e Métodos de Computação Gráfica) pela Universidade de Coimbra, mestre em Arqueologia (Arqueologia Urbana) pela Universidade do Minho e doutorado em Informática (Computação Gráfica 3D e Visualização) pela Universidade de Aveiro. Desde 1998, desenvolve a sua atividade profissional na Unidade de Arqueologia da Universidade de Minho, onde tem estado envolvido em vários projetos nacionais e internacionais relacionados com a aplicação de métodos e técnicas de multimédia, computação gráfica 3D e visualização à Arqueologia. Atualmente é investigador integrado do Lab2PT (ICS/UMinho), no grupo DeTech (Projeto Design e Tecnologia) e os seus principais interesses de investigação são o levantamento digital de dados arqueológicos, a representação e reconstrução virtual de sítios arqueológicos e a visualização de dados.

Rosa Jardim. É licenciada em Conservação e Restauro – Arqueologia da Paisagem, pelo Instituto Politécnico de Tomar. Em 1997, iniciou a sua atividade profissional na área de conservação e restauro em património edificado no Convento de Cristo. Posteriormente, em laboratório fez intervenção em bens móveis na área da escultura policroma em madeira e em pedra e na área de azulejo. Entre 2000 e 2004 integrou o Centro Nacional de Arte Rupestre e em 2005 integra o Parque Arqueológico do Vale do Côa onde desenvolveu projetos e atividades no âmbito da divulgação, salvaguarda, conservação e valorização da Arte Rupestre e do Património Arqueológico e Natural do Vale do Côa para diferentes públicos. Em dezembro de 2023 inicia funções como conservadora restauradora no MADDS.